EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO SISTEMA ERP
No final da década de 50, precisamente em 1946, surge a tecnologia baseada nos
enormes mainframes que demandavam um enorme consumo elétrico e um custo muito
elevado. Precisamente em 7 de Abril de 1964, a IBM apresenta o System/360, um
mainframe que para a época foi o maior projeto de uma empresa. Desde então diversas
outras empresas desenvolveram seus mainframes. Estes mainframes rodavam os primeiros
sistemas de gestão corporativa, os conhecidos sistemas de controle de estoque.
No final da década de 60, a revolução da eletrônica tem início com a popularização
dos transistores.
No início da década de 70, surgem os chamados MRPs (Material Requirement
Planning), antecessores dos sistemas ERP. Eram sistemas que trabalhavam em módulos,
trocando informações entre si, tinham como principal objetivo o planejamento das
requisições de materias, controlando assim não apenas os estoques, mas também a
requisição de material para reposição dos mesmos.
Já na década de 80, com o avanço da eletrônica e os computadores se tornando cada
vez mais populares e baratos, tiveram início as redes de computadores e como
consequência, a troca ágil de informações e o modelo computacional cliente-servidor. O
MRP se transformou em MRP II (Manufacturing Resource Planning). O MRP II tinha 3
como principal objetivo o planejamento dos recursos de manufatura, que agora também
controlava outras atividades como mão-de-obra e maquinário [3].
Na prática, o MRP II já poderia ser chamado de ERP pela abrangência de controles
e gerenciamento. Porém, não se sabe ao certo quando o conjunto de sistemas ganhou essa
denominação [3].
O próximo passo, com a troca de informações disponibilizadas pelas redes de
computadores, serviu tanto para agilizar os processos empresariais quanto para estabelecer
uma comunicação entre os diversos setores departamentais.
Logo se percebeu que poderiam ser agregados ao ERP novos sistemas, também
conhecidos como módulos do pacote de gestão, que tinham como objetivo alimentar o
sistema ERP com informações dos diversos setores departamentais. Diversas foram as áreas
que se incorporaram ao sistema, de uma forma geral, os setores com uma conotação
administrativa e de apoio à produção ingressaram na era da automação.
A IMPORTÂNCIA DO ERP NAS ORGANIZAÇÕES
Como já vimos, o sistema ERP tem uma fundamental importância dentro de uma
organização, uma vez que o mesmo “monitora” todo o processo empresarial, desde o início
do processo organizacional até o término do mesmo.
Com as informações dos diversos setores empresariais consolidadas em um único
sistema, torna-se de certa forma fácil de analisar todo o processo empresarial como um
todo. Pode-se, por exemplo, detectar as falhas que ocorrem no gerenciamento de estoque
devido à produção excessiva de determinado produto, ocasionando assim perdas
significativas na organização.
Algumas vantagens de um sistema ERP em uma empresa podem ser citadas abaixo:4
Redução de custos: Com o constante monitoramento da organização como um todo,
detecta-se rapidamente onde estão os processos mais dispendiosos e quais os impactos
financeiros que este processo irá causar caso seja modificado.
Otimização do fluxo de informações: Pode-se determinar quais setores empresariais
estão com deficiência em troca de informações e quais medidas devem ser tomadas para
que o fluxo de informações flua de forma satisfatória.
Otimização no processo de decisão: Com as informações consolidadas fica
relativamente simples a tomada de decisão e suas principais consequências dentro da
organização.
AS DESVANTAGENS DO ERP NAS ORGANIZAÇÕES
Muitos gestores acham que a simples implantação de um sistema ERP por si só integra
a organização, o que na prática não acontece, muito pelo contrário, se o sistema ERP não
encontrar um ambiente adequado para seu funcionamento, pode funcionar de forma inversa
ao esperado, desestruturando toda uma organização.
Um sistema ERP deve ser implantado ao longo dos anos, de uma forma estruturada e
cadencial, devido ao seu alto custo e seu grau de complexidade. Somente desta forma a
relação custo/benefício investida no sistema é justificada.
Outro ponto desfavorável é quando ocorre a compra do sistema, pois a organização fica
dependente do fornecedor do software. Por isso, antes de adquirir um sistema ERP,
devemos analisar o fornecedor para avaliarmos se o mesmo possui uma estrutura sólida e
será capaz de honrar com seus compromissos.
Por fim, podemos falar na resistência do usuário final, pois o mesmo se sente de certa
forma controlado pelo sistema, uma vez que o sistema monitora seu trabalho. Uma das
causas do não funcionamento do sistema ERP é exatamente o não comprometimento do
usuário final com o sistema